segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O turista aprendiz

Lagoa do Amanium, Igarapé de Barcarena - no verso dessa foto Mário de Andrade registrou: “Minha obra-prima”
As companheiras de viagem, em foto feita por Mário de Andrade, no Alto Solimões: Olívia Guedes Penteado, Margarida Guedes Nogueira e Dulce do Amaral Pinto, a Dolur, filha da pintora Tarsila do Amaral
Mário de Andrade passeia de barco e fotografa o barqueiro. Ao fundo, Santarém.
Embora fotógrafos não tenham se destacado na semana da Arte Moderna de 1922, um de seus expoentes, Mário de Andrade, é reconhecido por alguns autores como um fotógrafo moderno, mesmo que de reconhecimento tardio. Suas mais conhecidas imagens foram obtidas nos anos 1927 até 1929, quando realizou suas duas "viagens etnográficas": a primeira percorrendo o Amazonas e o Peru (1927), da qual resultou o diário O Turista Aprendiz e a segunda ao Nordeste do Brasil (dez. 1928 - mar. 1929).

No arquivo do escritor, no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, na série fotografias, estão fotos obtidas a partir de uma Kodak de caixão e outras, num total de 1538 imagens em positivo e um número expressivo de negativos. Mas foi principalmente com as fotos que compõem a obra O Turista Aprendiz que Mário destacou sua paixão pela fotografia, com a produção do diário imagético que se justapõe ao texto.

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