segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Um obscuro encanto











Francesca Woodman 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Francesca_Woodman




Nunca saberás o que é suficiente enquanto não souberes o que é mais que suficiente. William Blake.





Quem quiser saber algo sobre poetas românticos e Gnosticismo deve ler “Um obscuro encanto”, de Cláudio Willer, editado pela Companhia das Letras, São Paulo, 2010.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Água viva











Ilkka Keskinen
http://users.jyu.fi/~ikeskine/index.html


Quem me diz da estrada que não cabe onde termina
Da luz que cega quando te ilumina
Da pergunta que emudece o coração?
Quantas são as dores e as alegrias de uma vida
Jogadas na explosão de tantas vidas
Nesse escudo que não cabe no querer?
Vai saber se olhando bem no rosto do possível
O véu, o vento, o alvo, o invisível
Se desvenda o que nos une ainda sim
A gente é feito pra acabar
A gente é feito pra dizer que sim
A gente é feito pra caber no mar
E isso nunca vai ter fim.



(José Miguel Wisnik)

O direito de sonhar





















Joel-Peter Witkin 
http://www.edelmangallery.com/witkin.htm


''as sínteses me encantam. Me fazem pensar e sonhar ao mesmo tempo. São a totalidade de pensamento e de imagem. Abrem o pensamento pela imagem, estabilizam a imagem pelo pensamento'' (Bachelard, p. 81).

Bachelard, Gaston. O direito de sonhar. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Interação









Alexandre Sequeira
http://www.culturapara.art.br/artesplasticas/alexandresequeira/

"A crescente diversificação dos modos de ser da imagem e as novas formas de experiência disseminadas pelas tecnologias indicam a necessidade de repensarmos o estatuto da imagem e o papel do observador na contemporaneidade. Arte interativa, media-arte, net-arte, arte genética, arte virtual, ocupam, hoje, um importante lugar nas teorias da imagem, e suas propostas apontam a diversidade de interesses e interações entre diferentes campos de pesquisa. A fotografia contemporânea integra este cenário de miscigenações e mediações onde as questões apresentadas pelas imagens parecem indicar a criação de um regime de imagem com novas formulações e experiências que, sob uma perspectiva purista, é proponente de indefinições e inseguranças em relação ao papel da fotografia".



Carvalho, Victa de. Dispositivo e imagem: o papel da fotografia na arte contemporânea.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Paisagens internas








Instalação “Permanência”, de Val Sampaio e Mariano Klautau Filho











Mariano Klautau Filho 
http://www.marianoklautaufilho.com/


[...] o “acabamento” que de fato todo acontecimento vivido precisa ter nas mentes dos que deverão depois contar a história e transmitir seu significado deles se esquivou, e sem este acabamento pensado após o ato e sem a articulação realizada pela memória, simplesmente não sobrou nenhuma história que pudesse ser contada. (ARENDT, 1988, p. 32).


ARENDT, Hannah. A quebra entre o passado e o futuro. In: _______. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa de Almeida. São Paulo: Perspectiva, 1988.



De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há nenhum esforço sobre a terra que possa fazê-las voltar. Não podemos revelar ou copiar uma memória. O escritor dispõe de tempo para refletir. Pode aceitar e rejeitar, tornar a aceitar; (...) Existe também um período em que seu cérebro “se esquece” e o subconsciente trabalha na classificação de seus pensamentos. Mas, para os fotógrafos, o que passou, passou para sempre. É deste fato que nascem as ansiedades e a força de nossa profissão. (CARTIER-BRESSON, p.21).
  
CARTIER-BRESSON, Henri. “O momento decisivo”.  In:  Fotografia e Jornalismo. Bacellar, Mário Clark (org.). São Paulo, Escola de Comunicações e Artes (USP), 1971, pp.
19-26.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cenas intermediárias










Jonathan Abbou
http://jonathanabbou.free.fr/rubrique.php3?id_rubrique=3



Eros não é um deus, não é belo, nem bom, nem é mortal, não é feio nem mau; nem imortal nem mortal. Eros é daímona, intermediário entre deuses e homens. Qual sua origem? (...) Eros é desejo: carência em busca de plenitude. Ama o bem, pois amar é desejar que o bem nos pertença para sempre; Eros cria nos corpos o desejo sexual e o desejo de procriação, que imortaliza os mortais. O que o Amor ama nos corpos bons? Sua beleza exterior e interior (...). (Chauí, p.162)

CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia. Dos pré-socráticos a Aristóteles. Vol. 1. SP: Brasiliense, 1994