domingo, 16 de janeiro de 2011

Domicio Pinheiro, futebol e foco rápido

Pelé acompanha o Hino Nacional Brasileiro Brasileiro, executado pela Corporação Musical do estado do Rio de Janeiro, antes de um jogo amistoso com a Seleção do Paraguai, momentos antes de um jogo pela Seleleção Brasileira no estádio do Maracanã. Atrás da cabeça de Pelé aparece um contorno da tuba, um tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo e que termina numa campânula em forma de sino, simbolizando assim a ” santidade” de Pelé.
Pelé na Copa do México, em 1970
A ousadia de Domício, sobre a grade, para obter a melhor foto

Trincheira é o nome de uma foto, de Domício Pinheiro na qual Djalma Santos, Djalma Dias e Procópio, com a camisa do Palmeiras, no Parque Antarctica, em 1965, realizam um sincronizado passo de balé. Os três param, esquecem a bola e olham para o mesmo ponto, certamente para a arbitragem que deve ter apontado alguma irregularidade no lance.
É preciso dizer quem é o personagem da foto?

Domício Pinheiro morreu no dia 11 de fevereiro de 1998, aos 76 anos de idade. Tive o privilégio de encontrar com ele algumas vezes pelos corredores do Estadao, onde também trabalhei. Seguramente, Domício e sua Leica marcaram a história do fotojornalismo esportivo brasileiro, do qual ele é um dos mais importantes representantes. Teve fama de pé frio, de sortudo, mas era, sobretudo, aquilo que se chama, no fotojornalismo esportivo, foco rápido. Flagrou instantes inesquecíveis.
Começou a atividade de fotógrafo na Folha Carioca do Rio de Janeiro e no jornal Última Hora. A partir de 1954 trabalhou no grupo Estado, onde permaneceu até 1989. Ficou conhecido como o fotógrafo de Pelé por ter registrado magistralmente a carreira do jogador. Algumas dessas imagens se perderam durante um incêndio em seu estúdio. Documentou também momentos da história do Brasil, especialmente as manifestações populares, militares e religiosas no período do golpe de 1964 até 1994, seu último ano de atividade. Participou de inúmeras exposições; em junho de 1998 foi apresentada a retrospectiva Analogias e Contrastes no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Seu arquivo é conservado na Agência Estado de São Paulo.

3 comentários:

profdiego disse...

Apresentar Domicio Pinheiro não é para qualquer um, conhecê-lo foi um baita privilégio, e homenageá-lo mostra o quanto você é diferente!

Nilza, esse blog tá bom pra caralho!

Nilza Prata Bellini disse...

Domicio Pinheiro merece muito mais.

Luiz Antonio PM disse...

Já com quase dez anos de Estadão, apresentou meu pai [esposo de sua irmã Leony] para ali trabalhar, em 1963

Cresci lendo diariamente o Estadão e principalmente o JT, cuja capa, se não a mais famosa, está, seguramente, entre as principais

Trata-se da edição em que Mirandinha quebrava a perna, no exato instante da dividida com Baldini, do América de SJRP

A impressionante sequencia dessas fotos pode ser conferida no video do URL abaixo

http://www.tubechop.com/watch/175044