segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Questões banais






Wolfgang Tillmans
http://tillmans.co.uk/


"Todas as imagens devem ser significativas. Eles devem ser capazes de ficar sozinhas e, ainda assim, serem capazes de dizer algo sobre seu assunto particular. Se elas não fizerem isso, então por que fazê-las?" (Tillmans, http://www.frieze.com/issue/print_article/look_again/).

“Tillmans utiliza a fotografia para realizar um retrato de seu cotidiano e do ambiente em que vive. Não há aqui grandes artimanhas técnicas ou jogos perceptivos, mas um interesse em dar um destaque ao assunto, que pode ser qualquer um, desde retratos de seus amigos, até fotos de flores, arquitetura, locais, objetos, animais ou mesmo alguns experimentos abstratos. Há também em suas coleções de imagens um forte interesse pelo erotismo e pela cultura jovem, em especial pela documentação do mundo gay e da vida noturna. A maneira com que Tillmans apresenta suas fotos parece, entretanto, não privilegiar um tema específico ou fazer qualquer associação lógica em suas imagens. Em suas exposições e livros, Tillmans mistura fotos de tamanhos e temas diversos, deixando que o observador faça as suas próprias leituras e conexões. Esta aparente desordem visual contribui para a sensação da documentação de uma postura jovem rebelde e livre, na qual todos os assuntos e acontecimentos banais parecem ter sua validade. Por outro lado, as fotos também apontam para a banalização da sexualidade e o vazio da juventude contemporânea. Há um certo tom provocador em suas imagens, que deixa o espectador incerto se sua postura é sincera ou construída. É esta dúvida que as torna interessantes”.

FORTES, Hugo. Notas sobre a fotografia alemã contemporânea. Acessado em 07/02/2011, http://www.fotografiacontemporanea.com.br/artigos/15/EEE77DD0488C4093A2AB3DB68F3B9935.pdf


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