Por volta de 1860, chegou ao Brasil a técnica do colódio úmido (negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução química), que melhora a qualidade da matriz (do negativo) e faz proliferar os estúdios de retratistas nas principais cidades brasileiras.Em 1864, já eram cerca de trinta destes artistas instalados no Rio de Janeiro. Há famosos e obras primas. Dentre esses o alemão Revert Henrique Klumb e Joaquim Insley Pacheco. Mesmo que os equipamentos do período fossem rudimentares, ofereceram documentos hoje preciosíssimos. Os 58 anos do reinado de Dom Pedro 2º (1841-1889) coincidiram com o desenvolvimento da fotografia no Brasil. O imperador reuniu uma coleção pessoal de mais de 20 mil imagens, que ele deixou à Biblioteca Nacional.
No Instituto Moreira Salles, a primeira coleção da fototeca é formada por um conjunto de cerca de 2.500 imagens do século XIX e início do século XX, em diferentes processos, suportes e formatos. Cerca de 140 fotógrafos e casas fotográficas estão nela representados, com destaque para mestres pioneiros: Marc Ferrez, Juan Gutierrez, Georges Leuzinger, Albert Frisch, Franz Keller, Augusto Stahl, Militão Augusto de Azevedo, Augusto Malta, Augusto Riedel e Felipe Augusto Fidanza, entre outros. Há também alguns importantes conjuntos de fotógrafos anônimos, como o do assim denominado “Amador Alemão”, cujas identidades os pesquisadores buscam descobrir. Esse conjunto --que abrange aproximadamente o período de 1862 a 1931, com imagens de cidades, tipos humanos (incluindo importantes registros das populações indígena e cativa), botânicas, navios, retratos etc— foi constituído, em boa parte, pelo colecionador Pedro Corrêa do Lago.
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