quarta-feira, 1 de setembro de 2010

História da Fotografia no Brasil do século XIX

Louis Niemeyer – Fotógrafo alemão, registra a implantação da Colônia Dona Francisca, na província de Santa Catarina (atual cidade de Joinville). Raro documento da gênese de uma cidade de porte no Brasil.
Por volta de 1860, chegou ao Brasil a técnica do colódio úmido (negativo feito sobre placas de vidro sensibilizadas com uma solução química), que melhora a qualidade da matriz (do negativo) e faz proliferar os estúdios de retratistas nas principais cidades brasileiras.Em 1864, já eram cerca de trinta destes artistas instalados no Rio de Janeiro. Há famosos e obras primas. Dentre esses o alemão Revert Henrique Klumb e Joaquim Insley Pacheco. Mesmo que os equipamentos do período fossem rudimentares, ofereceram documentos hoje preciosíssimos. Os 58 anos do reinado de Dom Pedro 2º (1841-1889) coincidiram com o desenvolvimento da fotografia no Brasil. O imperador reuniu uma coleção pessoal de mais de 20 mil imagens, que ele deixou à Biblioteca Nacional. 
No Instituto Moreira Salles, a primeira coleção da fototeca é formada por um conjunto de cerca de 2.500 imagens do século XIX e início do século XX, em diferentes processos, suportes e formatos. Cerca de 140 fotógrafos e casas fotográficas estão nela representados, com destaque para mestres pioneiros: Marc Ferrez, Juan Gutierrez, Georges Leuzinger, Albert Frisch, Franz Keller, Augusto Stahl, Militão Augusto de Azevedo, Augusto Malta, Augusto Riedel e Felipe Augusto Fidanza, entre outros. Há também alguns importantes conjuntos de fotógrafos anônimos, como o do assim denominado “Amador Alemão”, cujas identidades os pesquisadores buscam descobrir. Esse conjunto --que abrange aproximadamente o período de 1862 a 1931, com imagens de cidades, tipos humanos (incluindo importantes registros das populações indígena e cativa), botânicas, navios, retratos etc— foi constituído, em boa parte, pelo colecionador Pedro Corrêa do Lago.

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