quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A infância brasileira na última década do século XX



Paraíba, 1999, açude seco



Piauí, crianças trabalhando numa olaria

Maceió, reduto da família Collor, década de 1990.

Cariri paraibano, 1998, seca.

1996, centro de São Paulo (Avenida Ipiranga)

Protesto porque as casas do bairro foram invadidas pelas águas da chuva

Paraíba, seca de 1998

Cariri-PB



Protesto depois da polícia ter matado uma criança a tiros numa favela

Fotos de Ormuzd Alves
http://www.ormuzd.com.br/

Será que o homem pode ser bom?













"Cada foto é apenas um fragmento. Seu peso moral e emocional depende do lugar em que se insere", Susan Sontag, Sobre Fotografia.
Fotos de W.Eugene Smith
http://en.wikipedia.org/wiki/W._Eugene_Smith

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Menção Honrosa no Prêmio Vladimir Herzog, 2009







Essas fotos ganharam menção honrosa do prêmio Vladimir Herzog de 2009. O autor das imagens é Alexandre Severo e o autor do texto da reportagem, publicada no Jornal do Commercio, é João Valadades.
 À Flor da Pele, 2009
“Nasceram sem cor, numa família de pretos.  Três irmãos que sobrevivem fugindo da luz,  procurando alegria no escuro. A mãe cochicha que são anjinhos. Eles têm raça sim. São filhos de mãe negra. O pai é moreno. Estiraram língua para as estatísticas e, por um defeito genético,  nasceram albinos. Negros de pele branca.  A chance dos três nascerem assim na mesma família era de uma em um milhão. Nasceram”.

Desolação
















A luz e o escuro da alma nos rostos cotidianos de Helmar Lerski


http://etudesphotographiques.revues.org/index410.html

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Robert Frank e a América livre












"Agora se pode fotografar tudo", Robert Frank.


http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Frank

Uivo

Em 1965, Robbie Robertson, Michael Mcclure, Bob Dylan, Allen Ginsberg, (fotos de Dale Smith)


para Carl Solomon  
  
Eu vi os expoentes de minha geração destruídos pela loucura,  
morrendo de fome, histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca  
de uma dose violenta de qualquer coisa,
"hipsters" com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato  
celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite,
que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando  
sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis aparta-
mentos sem água quente, flutuando sobre os tetos das
cidades contemplando  jazz,
que desnudaram seus cérebros ao céu sob o Elevado e viram  
anjos maometanos cambaleando iluminados nos telhados
das casas de cômodos,
que passaram por universidades com os olhos frios e radiantes  
alucinando Arkansas e tragédias à luz de William Blake
entre os estudiosos da guerra,
que foram expulsos das universidades por serem loucos e publi-  
carem odes obscenas nas janelas do crânio,
que se refugiaram em quartos de paredes de pintura descasca-  
da em roupa de baixo queimando seu dinheiro em cestas
de papel, escutando o Terror através da parede(...)

Allen Ginsberg