sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Geração mágica


Movimento literário, vanguarda artística com ramificações na música e na fotografia, a geração beat foi um sopro de ar fresco na cultura norte-americana dos anos 50. Manifestou-se por meio de um grupo de jovens escritores que extrapolaram a arte e a vida transformando-as numa explosão criativa, embalada pelo êxtase das drogas, em busca de experiências transcendentais. O companheirismo de Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William Burroughs, Neal Cassady, Gregory Corso, Lawrence Ferlinghetti, Carl Solomon, entre muitos outros, deu origem a uma das mais originais manifestações culturais de meados do século XX, que até hoje surpreende e fascina leitores de todo o mundo.

"Os beats chegaram a ser acusados de iletrados. Na verdade, são um exemplo de crença extrema na literatura, atribuindo-lhe valor mágico, como modelo de vida e fonte de acontecimentos, e não só de textos. A relação com seu tempo lhes conferiu sentido político. Contribuíram, ao se converterem em expressão de um movimento geracional, para uma abertura, um grau maior de tolerância com a diferença e a exceção, que, ainda hoje, não pode deixar de ser valorizada. [...] A eclosão de uma cultura jovem, autônoma, nos anos 60, da qual, por sua extensão e complexidade, acabou ficando uma crônica viciada por estereótipos, não pode ser interpretada como rebelião consentida, nem desqualificada como burguesa, subproduto da prosperidade capitalista e indício de sua decadência. " Cláudio Willer, no livro Geração Beat.

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