Fotos da Agência AP
O ritual da Ashura serve para os muçulmanos xiitas lembrarem o martírio de Hussein, neto de Maomé, em Karbala, onde mulheres e crianças foram massacradas numa disputa pelo poder. A autoflagelação é proibida dentro do Islã e praticada por uma minoria. Grandes sábios desaprovam e se opõem vigorosamente contra a autoflagelação, chamando-a de bidah ("inovação"). É importante destacar que a autoflagelação também é praticada por outras religiões.
Pedro Vergara, em seu livro Fanatismo e Homicídio, diz:
"Nenhum ato construtivo pode vir de uma personalidade fanática simplesmente porque os valores construtivos foram destruídos dentro dele. Os únicos valores que lhe restaram são aqueles especificados pelo dogma. Assim para o fanático, amar alguém é trazê-lo para o seu grupo, convertê-lo, pela força se necessário. Em seu estágio final e completo, o fanático religioso rompe seus últimos vínculos com a realidade. Se a realidade contraria o dogma, então a realidade é o inimigo e deve ser combatida, assim como devem ser combatidos aqueles que sustentam que a realidade e não o dogma representam a verdade, ou algo mais próximo dela. Atingido este estágio, o fanático abandona o último valor que competia com o valor dado ao dogma: o respeito pela vida, seja a dos outros ou a sua própria. Se a realidade tornou-se um inimigo a ser combatido, o assassinato (individual ou em massa) pode ser visto como uma missão divina a ser cumprida e a própria morte no“martírio”, como uma graça a ser conquistada. (...)
O que torna cada ser humano especial é o fato de ser um indivíduo único. Em cada mente existe uma luz rara, com um brilho particular que não pode ser reproduzido em nenhuma outra. Aquele que cede ao fanatismo atenta contra o brilho da própria individualidade, apaga sua própria luz e mergulha na escuridão".
2 comentários:
Minha cabeça é muito pequena para entender essas coisas.linabea
Fico honrada todas as vezes que você visita meu blogue. Obrigada.
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